Uma face de mim

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"Se os fatos estão contra mim, pior para os fatos." - Nelson Rodrigues

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Deixe-me

Deixe-me ser afogada em minhas ânsias
E engasgar com meu próprio sofrimento
Deixe-me arriscar por minha ganância
Arcar sozinha com meus erros

Deixe-me agoniar por meu passado
E encarar propriamente meus fantasmas consequentes
De minhas decisões, pois é necessário
Aprender, mesmo que a força, com o que me foi entorpecente

Deixe-me partir, agir e supostamente desistir
Tantas vezes quanto achar importante
Permita-me cair até que me seja excruciante

Deixe-me lutar e viver pelo que acho certo
Por mais que me machuque e enlouqueça
Não interfira em minhas chances de reconquista
Mesmo que eu esteja a vagar pelo deserto

Deixe-me sentir.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Será que é possível?

Ficar com febre só por lembrar de você?
Sentir que está ficando hipotérmica por não estar ao seu lado?
E, quando estiver, achar que vai ter um ataque cardíaco?

Será um exagero?
Talvez, mas aí está a graça. Tudo relacionado a você é mais intenso, é mais sincero.

:)

Tudo o que me dizem é banal...

porque agora eu só me importo comigo e com você. O resto já não me interessa. Virou futilidade, murmúrios do cotidiano.

O único problema é que você não se importa comigo. Não como antes.
Nossos papéis foram invertidos.
E agora?

Apesar de você

A tristeza novamente você me trouxe
Ao roubar meu coração atormentado
Por que não devolves o coitado?
Se, para você, não é mais que uma diversão

A dor novamente está presente
Impregnando cada veia e respiração
Implicou em minha esperança ausente
Provocou arranhões e feridas, pois não enxergo na escuridão

Corro sem saber para onde seguir
Esbarro em espelhos e ingratas memórias
Disperso todas as lembranças que aderi
Fujo, amedrontada, de minhas derrotas inglórias

Indiretamente direcionada a tua voz
Que cochicha sedutoramente em meu ouvido
Levando-me ao beco e não a saída,
como esperava
Orientando-me por caminhos que ainda duvido

Falta-me a vontade de escapar
Veja como fui afetada!
Sei que te amar é prejudicial
Porém, paradoxalmente, é a causa de minha felicidade
Embriagada por um resquício de fé em nós
Lutarei mesmo não devendo
De ti não desistirei.

Temporada de altas baixas probabilidades

Nesses últimos meses, tenho percebido que muitas coisas que eu consideraria como de baixas probabilidades vêm acontecendo num ritmo acelerado e caótico.
Quais seriam as chances de no mesmo vagão que eu haver uma pessoa com o seu mesmo perfume? E qual seria a chance de alguém com o seu perfume sentar atrás de mim?
Claro, consideraria até que normal, se eu não tivesse saído do trem e não encontrasse outra pessoa com o seu perfume. Poxa! Quer dizer que agora o mundo não quer que me esqueça de você? Ou eu que não quero me esquecer? Ou essa combinação de ambos está me fazendo lembrar de toda e qualquer característica sua?

Estamos em tempos ruins emocionalmente, tempos de altas baixas probabilidades.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Este algo

Este amor que me sufoca
Que consome toda esperança
Surgiu no dia errado
Ressurgiu de uma ganância

Este carinho obsessivo
Compulsivo e tentador
Começou com o pé errado
Terminou com minha dor

Este encanto inquebrável
Enfeitiçada aqui estou
Desprezo teus defeitos
Admiro teu esplendor

Por você enfrento o Destino
Crio asas e busco estrelas
Corro até chegar ao Infinito
Paro o tempo de qualquer maneira

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Reflexões claustrofóbicas

Se hoje meu mundo acabou
É porque neste amor não venci
Se quero que outra era comece
É porque em teus braços já padeci

Se hoje não me arrependo por ter te amado
É porque o bem estar me embriagou
Se hoje sofro por não estar ao seu lado
É porque libertei o monstro que controla toda minha dor

Se, neste momento, estou eu a escrever
É porque meu coração não conseguiu superar
Se, aqui, estou eu a esclarecer
É porque aceitei algo, mas não foi o recomeçar

Se estes versos forem lidos futuramente
É porque uma decisão eu tomei
E esta é seguir meu caminho
Deixando que o destino me escolha alguém

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Créditos especiais ao senhor @yargoON que me ajudou a encontrar palavras que estavam brincando de se esconder *-*

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Confissão

Admito que ainda te amo
Apesar de me forçar a não crer
Ainda não resisto ao teu encanto
Indiferente a ânsia de esquecer

Confesso a quem quiser ouvir
Que eu quero lutar por ti
Mesmo tendo como conclusão
O sofrimento que rasgou-me
Que feriu meu coração

Perdoe-me se, por dentro, continuo a chorar
A lástima da perda de quem me queria bem
Desculpe-me se estou a incomodar
Com minhas lamúrias inertes,
sensíveis ao teu aparecer

Continuo dominada pelo teu olhar
Deslumbrada com sua aparente sensação de poder
Não sei se sozinha conseguirei continuar
Acabar com este sentimento que me faz enlouquecer

Sintonia