Daqueles em que não há abrigo
Que nos força a andar para sobreviver
E de tanta falta,
de tanto relento,
Nos desespera,
faz a gente correr
Eu corri. Não conseguia tolerar aquele vazio.
Mas no fundo, não era esse meu medo
Eu corri na esperança de me esquecer
Esqueci na tentativa de me perdoar
Em vão, abracei as tempestades
Para tentar contê-las, me destruí
Perdi-me em lágrimas
Entreguei-me ao espaço
Parei. Desisti.
Soterrada em camadas de gelo
Pensei longamente na primavera
As flores desabrochariam algum dia?
Não sei.
Adormeci.
De tanta inércia,
senti-me paisagem
Recortes de lembranças me protegiam do frio
Chuva começou a cair,
trazendo-me um alívio desconhecido
Abri os olhos,
os fragmentos se realocaram
Percebi-me semente,
Sem muito entender
Apontei-me para o céu e distingui
Choveu você no jardim do meu espírito
Germinei,
renasci
Esqueci na tentativa de me perdoar
Em vão, abracei as tempestades
Para tentar contê-las, me destruí
Perdi-me em lágrimas
Entreguei-me ao espaço
Parei. Desisti.
Soterrada em camadas de gelo
Pensei longamente na primavera
As flores desabrochariam algum dia?
Não sei.
Adormeci.
De tanta inércia,
senti-me paisagem
Recortes de lembranças me protegiam do frio
Chuva começou a cair,
trazendo-me um alívio desconhecido
Abri os olhos,
os fragmentos se realocaram
Percebi-me semente,
Sem muito entender
Apontei-me para o céu e distingui
Choveu você no jardim do meu espírito
Germinei,
renasci