Há sempre uma voz em meu ouvido a cochichar
Fofocas, conselhos, opiniões, sem valor de verdade
Num timbre que não permite-me arriscar
Limitando todo e qualquer ato que envolva minha sinceridade
Sussurros surgem em meio a escuridão
Uma lábia difícil de se duvidar
Aconselha-me a mergulhar na solidão
Talvez por receio de ver-me decolar
Insinuações inclusas em seu discurso materno
Envolvendo meus sentidos a ponto de estrangulá-los
Finge que não há influcências dos espectrais externos
Como se eu não pudesse ouví-los gargalhando ao meu lado
Não sei quanto tempo mais irei aguentar
Prevejo, um um futuro próximo, o meu sucumbir
Talvez eu tenha medo de não conseguir alcançar
Meu desejo supremo que poderá fazer-me partir.
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