Não sei onde te guardei durante todo esse tempo para você emergir desse jeito. Feito lava de vulcão. Também não sei porque só te percebi em mim agora, porém sem aquela sensação de descoberta, de tensão.
Só sei que você já estava aqui. Esse formigamento nos pés me é familiar. Você já estava há muito tempo aqui.
E é tudo muito estranho. Eu, que sempre tenho consciência de tudo, mal te vi dentro de mim.
Estou aqui sorrindo para o meu teclado porque tudo se encaixou. Talvez não no timing ideal, mas se encaixou.
Meu coração te pulsa.
Uma face de mim
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- Julia
- "Se os fatos estão contra mim, pior para os fatos." - Nelson Rodrigues
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
A memória é cruel
Trouxe você de volta
Como se nunca tivesse partido
Trouxe-me de volta
Como se outro momento nunca tivesse existido
Ela me engana,
Seleciona imagens de seu sorriso,
de seu calor
Mas eu não posso ser tão tola assim
De acreditar que tudo pode se refeito,
Que agora não persistirá a mesma dor
São outros tempos
Outro amor
Próprio
Trouxe você de volta
Como se nunca tivesse partido
Trouxe-me de volta
Como se outro momento nunca tivesse existido
Ela me engana,
Seleciona imagens de seu sorriso,
de seu calor
Mas eu não posso ser tão tola assim
De acreditar que tudo pode se refeito,
Que agora não persistirá a mesma dor
São outros tempos
Outro amor
Próprio
domingo, 11 de dezembro de 2016
Suas roupas destoam do ambiente (alguns a chamariam de brega). Estar ao seu lado é como caminhar por outras épocas. Ao redor, as pessoas se movimentam rápido demais, incessantemente, impacientes demais.
Olho para você e qualquer ansiedade, qualquer necessidade de acompanhar o passo dos outros, se esvai. Somos eu e você em um microcosmo formado por ônibus natalinos e The Killers tocando ao fundo.
O mundo gira sem dó. O mundo não espera. Mas nós temos nosso próprio tempo. Temos todos os beijinhos de esquimó que quisermos.
Olho para você e qualquer ansiedade, qualquer necessidade de acompanhar o passo dos outros, se esvai. Somos eu e você em um microcosmo formado por ônibus natalinos e The Killers tocando ao fundo.
O mundo gira sem dó. O mundo não espera. Mas nós temos nosso próprio tempo. Temos todos os beijinhos de esquimó que quisermos.
domingo, 4 de dezembro de 2016
Diariamente nos perdemos
Na ânsia de querermos expressar
Sentimentos que se traduzem apenas ao toque
Bem como no silêncio que emudece
Umedece os olhos afundados em dor
Diariamente nos perdemos
No meio de nós mesmos
E entre tantos outros,
entre tantos nós
Cada dia um pouco mais
Por pessoas que nós nem mesmo entendemos
Por motivos que nós nem mesmo concordamos
Todos os dias algo dentro de nós se perde
Arrancam a nossa pele e a substituem por concreto
Cegam nossos olhos e nos cravam hologramas
Perfuram nosso coração e expõem o vazio
Porque a ausência é vangloriada
Sentir muito é errado
Melhor mesmo é sermos nada,
máquinas
Na ânsia de querermos expressar
Sentimentos que se traduzem apenas ao toque
Bem como no silêncio que emudece
Umedece os olhos afundados em dor
Diariamente nos perdemos
No meio de nós mesmos
E entre tantos outros,
entre tantos nós
Cada dia um pouco mais
Por pessoas que nós nem mesmo entendemos
Por motivos que nós nem mesmo concordamos
Todos os dias algo dentro de nós se perde
Arrancam a nossa pele e a substituem por concreto
Cegam nossos olhos e nos cravam hologramas
Perfuram nosso coração e expõem o vazio
Porque a ausência é vangloriada
Sentir muito é errado
Melhor mesmo é sermos nada,
máquinas
Talvez as únicas palavras que eu escrevi pensando em você
Eu deixo as lágrimas caírem
E molharem meus lábios
Quero sentir o gosto da saudade
O aperto que você deixou em mim
Eu deixo as lágrimas percorrerem meu rosto
Porque elas lembram seu toque
Trazem de volta seus dedos frios
Trazem de volta o seu amor
Mas no final,
não posso deixar seus rios perfurando minha pele
Passo a mão para apagar suas marcas
(as poucas que são superficiais)
Disfarço as cicatrizes que ficaram
(elas irão se curar)
Dói, dói muito
Alguns dias mais do que outros
Mas passou,
Felizmente,
você passou
As lágrimas escorrem para o chão, longe de mim. O mesmo há de acontecer com você.
E molharem meus lábios
Quero sentir o gosto da saudade
O aperto que você deixou em mim
Eu deixo as lágrimas percorrerem meu rosto
Porque elas lembram seu toque
Trazem de volta seus dedos frios
Trazem de volta o seu amor
Mas no final,
não posso deixar seus rios perfurando minha pele
Passo a mão para apagar suas marcas
(as poucas que são superficiais)
Disfarço as cicatrizes que ficaram
(elas irão se curar)
Dói, dói muito
Alguns dias mais do que outros
Mas passou,
Felizmente,
você passou
As lágrimas escorrem para o chão, longe de mim. O mesmo há de acontecer com você.
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Não muito tempo atrás, era inverno.
Daqueles em que não há abrigo
Que nos força a andar para sobreviver
E de tanta falta,
de tanto relento,
Nos desespera,
faz a gente correr
Eu corri. Não conseguia tolerar aquele vazio.
Mas no fundo, não era esse meu medo
Eu corri na esperança de me esquecer
Esqueci na tentativa de me perdoar
Em vão, abracei as tempestades
Para tentar contê-las, me destruí
Perdi-me em lágrimas
Entreguei-me ao espaço
Parei. Desisti.
Soterrada em camadas de gelo
Pensei longamente na primavera
As flores desabrochariam algum dia?
Não sei.
Adormeci.
De tanta inércia,
senti-me paisagem
Recortes de lembranças me protegiam do frio
Chuva começou a cair,
trazendo-me um alívio desconhecido
Abri os olhos,
os fragmentos se realocaram
Percebi-me semente,
Sem muito entender
Apontei-me para o céu e distingui
Choveu você no jardim do meu espírito
Germinei,
renasci
Esqueci na tentativa de me perdoar
Em vão, abracei as tempestades
Para tentar contê-las, me destruí
Perdi-me em lágrimas
Entreguei-me ao espaço
Parei. Desisti.
Soterrada em camadas de gelo
Pensei longamente na primavera
As flores desabrochariam algum dia?
Não sei.
Adormeci.
De tanta inércia,
senti-me paisagem
Recortes de lembranças me protegiam do frio
Chuva começou a cair,
trazendo-me um alívio desconhecido
Abri os olhos,
os fragmentos se realocaram
Percebi-me semente,
Sem muito entender
Apontei-me para o céu e distingui
Choveu você no jardim do meu espírito
Germinei,
renasci
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Sufoco-me ao me depositar
Tanto e tudo
em você
no futuro
em hipóteses
certezas nem tão certas assim
Sem ar,
as lágrimas surgem e turvam minha visão
Não consigo raciocinar
Não lembro mais do que me trouxe aqui
Diga-me que sou algo além de Angústia
Por que minhas mãos apertam meu próprio pescoço?
Talvez você não esteja tão errada assim.
Tanto e tudo
em você
no futuro
em hipóteses
certezas nem tão certas assim
Sem ar,
as lágrimas surgem e turvam minha visão
Não consigo raciocinar
Não lembro mais do que me trouxe aqui
Diga-me que sou algo além de Angústia
Por que minhas mãos apertam meu próprio pescoço?
Talvez você não esteja tão errada assim.
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
sábado, 15 de outubro de 2016
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Reflexões - 06h30
Os melhores momentos do dia são os 5 minutos iniciais de sonolência
Quando eu abro os olhos, me percebo no mundo
E meu coração ainda resguarda a inocência de que ele é tão meu quanto seu
Tolice.
Quando eu abro os olhos, me percebo no mundo
E meu coração ainda resguarda a inocência de que ele é tão meu quanto seu
Tolice.
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