Diariamente nos perdemos
Na ânsia de querermos expressar
Sentimentos que se traduzem apenas ao toque
Bem como no silêncio que emudece
Umedece os olhos afundados em dor
Diariamente nos perdemos
No meio de nós mesmos
E entre tantos outros,
entre tantos nós
Cada dia um pouco mais
Por pessoas que nós nem mesmo entendemos
Por motivos que nós nem mesmo concordamos
Todos os dias algo dentro de nós se perde
Arrancam a nossa pele e a substituem por concreto
Cegam nossos olhos e nos cravam hologramas
Perfuram nosso coração e expõem o vazio
Porque a ausência é vangloriada
Sentir muito é errado
Melhor mesmo é sermos nada,
máquinas
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